
Numa tarde que prometia ser de pura sintonia, um grupo de músicos de Belo Horizonte levou um susto que nenhum metrônomo poderia marcar. Enquanto afinavam seus instrumentos para mais um ensaio — desses que aquecem a alma antes dos shows —, ladrões agiram rápido como um staccato e levaram equipamentos avaliados em mais de R$ 11 mil.
Segundo relatos, os artistas mal perceberam quando os itens sumiram. "Foi coisa de um minuto", contou o baterista, ainda com a voz embargada. "A gente tava concentrado no ensaio, e quando viu... Puf! Algumas das nossas ferramentas de trabalho tinham virado fumaça."
O que foi levado?
- Um saxofone que já tinha história — e assinatura de músico famoso
- Dois microfones profissionais (daqueles que não deixam a voz falhar)
- Um amplificador que era praticamente um membro da banda
Não bastasse o prejuízo material — que dói no bolso —, o golpe foi emocional. "Aqueles instrumentos eram como extensões do nosso corpo", desabafou o vocalista. "A gente conhecia cada arranhão, cada detalhe..."
A reação da polícia
Os PMs chegaram rápido, mas os meliantes já tinham dado o ar da graça. As câmeras de segurança — sempre elas! — podem ter registrado algo, mas até agora... Nada de concreto. "É como tentar achar agulha num palheiro", resmungou um dos investigadores.
Enquanto isso, a banda tenta se reerguer. Fizeram até vaquinha virtual — porque arte, no Brasil, vive de milagres e solidariedade. "A música não pode parar", filosofou o guitarrista, afastando um cisco do olho. "Mas confesso que tá difícil sem aqueles equipamentos."
E você? Já passou por algo parecido? Num país onde até a cultura vira alvo, fica o questionamento: até quando nossos artistas vão ter que ensaiar com um olho no compasso e outro na segurança?