
Eis que a noite em Ipatinga, no coração do Vale do Aço mineiro, reservava uma daquelas histórias que parecem saídas de roteiro de filme ruim - mas era dolorosamente real. Tudo começou com uma negociação de programa sexual que deu errado, muito errado, e terminou com algemas.
O que era para ser um encontro rápido entre um motorista de aplicativo e seu suposto "cliente" transformou-se num pesadelo. O passageiro, digamos, não aceitou bem a recusa do motorista em pagar os míseros cinco reais pelo serviço sexual que teria sido combinado. Cinco reais! Nem uma cerveja direitinha você compra por isso hoje em dia.
A fúria tomou conta do situation. O que se seguiu foi puro caos: o agora assaltante sacou uma faca - daquelas que cortam mais que legumes, sabe? - e anunciou o assalto. Levou o celular do motorista, seus pertences, e ainda por cima fugiu com o carro do homem. Que reviravolta, não?
A captura que parecia inevitável
Mas eis que a sorte - ou a falta dela - pregou uma peça no meliante. Enquanto fugia pela BR-458, nosso "assaltante por cinco reais" cometeu aquele erro clássico: bateu o carro roubado. Imagina a cena? O cara tenta escapar e acaba envolvido num acidente de trânsito.
Quando a Polícia Militar chegou ao local, encontrou não apenas um acidente, mas um quebra-cabeça criminal pronto para ser montado. E o sujeito, provavelmente ainda atordoado pela batida, simplesmente soltou a verdade toda. Contou sobre a discussão pelos cinco reais, o assalto, a fuga - tudo, como se estivesse confessando para um padre numa igreja vazia.
"Não deu outra: o homem foi detido na hora", relatou um dos PMs, que ainda parecia tentando processar a absurda sequência de eventos.
O preço baixo da discórdia
O que mais choca nessa história toda não é nem o crime em si - infelizmente, assaltos acontecem todos os dias. É o motivo ridículo que levou a ele. Cinco reais! O valor de um lanche simples, de uma corrida de ônibus, foi o estopim para todo esse drama.
O motorista, coitado, deve ter achado que era pesadelo. Saiu para trabalhar tranquilo e acabou envolvido numa trama de programa sexual recusado, assalto à mão armada e furto de veículo. Tudo porque não quis pagar cinco reais.
O assaltante-confesso agora responde pelo que fez. Foi levado para a delegacia mais próxima, onde acredito que deva estar refletindo sobre como cinco reais podem custar caro - muito caro - quando se está do lado errado da lei.
Moral da história? Às vezes, o barato pode sair caro. Muito caro mesmo.