Houthis no Iêmen: Como terroristas usam redes sociais para vender armas ilegais
Houthis vendem armas via redes sociais no Iêmen

Numa virada absurda — e perturbadora — do mundo digital, os Houthis, grupo classificado como terrorista por vários países, estão usando as redes sociais como vitrine para o comércio ilegal de armas. Sim, você leu certo: armas à venda como se fossem produtos de Black Friday.

Segundo uma investigação minuciosa, os militantes estão postando fotos de fuzis, granadas e até mísseis em grupos fechados no Facebook e Telegram. E o pior? Negociações acontecem em código, com emojis substituindo termos explícitos. Quem diria que um ícone de berinjela poderia significar algo tão sinistro?

O modus operandi

Não é só de fotos que vive o esquema. Os vendedores oferecem:

  • Catálogos completos com especificações técnicas (como se fossem eletrodomésticos)
  • Vídeos "test drive" das armas em ação
  • Opções de entrega "express" em zonas de conflito

E tem mais: pagamentos em criptomoedas garantem o anonimato. Uma combinação perfeita para quem quer burlar sanções internacionais sem deixar rastros.

O papel das plataformas

Aqui entra o dilema — enquanto as redes sociais investem bilhões em IA para detectar nudez ou discurso de ódio, esse tipo de atividade escorre pelos buracos do sistema. Um investigador, que preferiu não se identificar, disse: "É como procurar agulha num palheiro... só que o palheiro está em chamas e ninguém vê a fumaça".

E não pense que é coisa pequena: algumas transações ultrapassam US$ 50 mil. Com tanta grana rolando, fica a dúvida: será que as plataformas estão fazendo o suficiente? Ou será que, no fim das contas, engajamento vale mais que vidas?