
O caso que paralisou os Estados Unidos chegou ao seu capítulo final nesta quinta-feira. Após horas de deliberação, o júri federal não teve dúvidas: o homem acusado de tentar assassinar o ex-presidente Donald Trump durante um comício na Flórida foi declarado culpado por unanimidade.
Parece que foi ontem – aquele dia quente de verão quando a segurança do evento falhou redondamente. O sujeito, cujo nome vou omitir aqui por uma questão ética, conseguiu se infiltrar na área restrita armado até os dentes. A perícia encontrou nele nada menos que três armas de fogo e uma quantidade absurda de munição.
Os detalhes que assustam
O que mais me impressiona nessa história toda é a frieza com que tudo foi planejado. O cara não era nenhum amador – estudou os movimentos de Trump, conhecia o calendário de comícios e escolheu justamente o evento na Flórida por ser menos vigiado. Ou pelo menos pensou que seria.
Durante o julgamento, a promotoria apresentou provas irrefutáveis: gravações de câmeras de segurança mostrando o indivíduo se aproximando perigosamente do palanque, mensagens nas redes sociais com ameaças veladas e, o mais grave, um diário onde ele detalhava o plano passo a passo. É de gelar a espinha.
E agora, o que esperar?
A sentença ainda será definida nas próximas semanas, mas especialistas já anteveem uma pena duríssima. Tentativa de assassinato de figura pública nos EUA? Isso pode significar décadas atrás das grades, quando não prisão perpétua.
Trump, que sempre minimizou o episódio publicamente, deve estar respirando aliviado. Mas a verdade é que esse caso deixou marcas profundas no sistema de segurança política americano. Como permitiram que alguém chegasse tão perto? Quem falhou na proteção? Perguntas que ainda ecoam pelos corredores do poder.
O que me preocupa, sinceramente, é o clima de polarização que só aumenta. Esse tipo de incidente deveria servir de alerta, mas tenho minhas dúvidas se a lição será aprendida.