
Eis que a Casa Azul, em Seul, acendeu os motores da diplomacia de alto nível. E não foi por um motivo qualquer. A notícia chegou como um soco no estômago: dezenas de cidadãos sul-coreanos, vivendo sem documentação regular nos Estados Unidos, foram detidos pelas autoridades migratórias locais. A reação? Imediata e furiosa.
O presidente Yoon Suk Yeol, conhecido por seu pulso firme, não perdeu um minuto sequer. Convocou às pressas — e a gente sabe que quando é 'às pressas' na política, a coisa é séria — uma reunião de emergência com seus principais assessores. O tema único na pauta: qual seria a resposta adequada a esse que foi encarado como um ato de profundo desrespeito.
O Telefone Vermelho tocou — e a resposta foi imediata
Não deu outra. Das paredes do gabinete presidencial saiu uma declaração que mais parecia um ultimato. O governo sul-coreano, através de seu ministro das Relações Exteriores, não só exigiu explicações formais como prometeu, nas palavras do próprio Yoon, “tomar as medidas necessárias” em retaliação. O que isso significa, exatamente? Bom, ninguém quer especular, mas o termo ‘retaliação’ em diplomacia nunca é um bom presságio.
O que mais chocou por lá foi o aparente desprezo pelo devido processo legal. Segundo relatos, muitos dos detidos sequer tiveram acesso imediato a tradutores ou à assistência consular — um direito básico garantido por convenções internacionais. Fala sério! Como é que pode?
Não é só sobre imigração. É muito maior que isso.
Quem acompanha geopolítica com um mínimo de atenção já percebeu: essa crise não surge do nada. Ela escancara uma ferida que vinha sendo coberta há tempos nas relações entre os dois países. De um lado, os EUA, com sua política migratória cada vez mais dura e seletiva. Do outro, a Coreia do Sul, uma potência global que não aceita mais ser tratada como coadjuvante.
Yoon Suk Yeol deixou claro que a soberania de seu povo é inegociável. E que cidadãos coreanos, estejam onde estiverem, devem ser tratados com dignidade. A mensagem foi transmitida. Resta saber agora como Washington vai reagir a esse puxão de orelhas público — e o que virá a seguir nesta queda-de-braço entre dois gigantes.
Uma coisa é certa: o mundo está de olho. E esse episódio, que poderia ser apenas mais uma notinha de rodapé, promete gerar capítulos — e consequências — muito mais sérios.