
Não é todo dia que a guerra bate à porta de um brasileiro – mas quando bate, ela arrasa com tudo. E foi exatamente isso que aconteceu com um voluntário de Governador Valadares, que perdeu a vida de maneira brutal em uma emboscada na Ucrânia. Quem conta a história é outro brasileiro, que estava lá e viu tudo de perto.
“A gente sabia que o risco era enorme, mas nada prepara a gente para ver um amigo morrer na sua frente”, disse ele, a voz ainda embargada pela comoção. “Fiquei com ele até o último momento. Não dava pra deixar ele sozinho.”
O drama por trás da notícia
Os dois brasileiros estavam juntos atuando como voluntários – corajosos ou temerários, depende de como você enxerga – quando foram surpreendidos por um ataque violento. Segundo relatos, a emboscada foi rápida, brutal e sem aviso. Uma daquelas situações em que o mundo desaba em segundos.
E pensar que ele deixou Minas Gerais para trás, cruzou oceanos, e foi encontrar um destino tão cruel do outro lado do mundo. Governador Valadares agora chora mais um filho – longe, tão longe de casa.
“Até o último instante”
O companheiro que sobreviveu não quis se identificar – afinal, ainda está no meio do conflito e a cabeça, é claro, não está sossegada. Mas a fala dele ecoa como um testemunho de lealdade extrema. “Fiquei com ele até o último momento.” Quantos de nós teríamos a mesma coragem?
Não é só uma história de guerra. É uma história de amizade. De humanidade num lugar desumano. De um brasileiro que foi embora cheio de ideais e voltou – se é que vai voltar – com um trauma que não deve sarar tão cedo.
E enquanto isso, aqui do Brasil, a gente acompanha pelas notícias, sem realmente entender a dimensão do que é ouvir um tiro ao longe e saber que pode ser o último.