Brasileiro Morre em Gaza ao Servir Exército de Israel: A História por Trás da Tragédia
Brasileiro morre em Gaza ao servir exército de Israel

Era um paulistano como tantos outros, mas com um coração dividido entre dois mundos. Ranani Nidejelski Glazer, de apenas 26 anos, não imaginava que sua jornada de voluntariado no conflito mais explosivo do planeta teria um desfecho tão trágico.

Nascido na movimentada capital paulista, ele carregava nas veias não só o sangue brasileiro, mas também uma herança israelense profunda. Sua família – ah, sua família – sempre manteve viva a chama das origens, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Uma Decisão que Mudou Tudo

Em outubro do ano passado, algo dentro dele estalou. Os ataques do Hamas reverberaram pelo mundo e atingiram Ranani de forma particular. Não era apenas mais uma notícia distante. Era pessoal. Profundamente pessoal.

Ele largou tudo no Brasil: a vida, os planos, a rotina. Pegou um voo para Israel e se apresentou como voluntário. Não por obrigação, mas por convicção. Uma convicção que, infelizmente, teria um preço altíssimo.

O Episódio Final em Gaza

Na quinta-feira, 29 de agosto, o destino escreveu seu capítulo mais cruel. Ranani integrava uma unidade de combate na região norte de Gaza quando tudo aconteceu. Uma explosão brutal. Um cenário de caos. E uma vida interrompida abruptamente.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou o óbito através de um daqueles comunicados formais que nunca capturam a dor real por trás das palavras. O Itamaraty está prestando assistência à família – uma família agora despedaçada pela guerra.

Quem Era Ranani, Além do Soldado?

Para além do uniforme militar, Ranani era um jovem como qualquer outro. Deixou amigos, histórias e memórias em São Paulo. Tinha planos. Sonhos. Uma vida pela frente.

Ele fazia parte de uma comunidade de brasileiros-israelenses que mantêm dupla cidadania e, não raro, dupla lealdade. Sua morte não é apenas mais um número num conflito que já matou milhares. É a história de um brasileiro que acreditou em algo maior que ele mesmo.

E agora, o que resta? Perguntas. Muitas perguntas. Como um paulistano acaba tragicamente em Gaza? O que move alguém a trocar a segurança pelo perigo? Ranani Glazer não está mais aqui para responder.

Mas sua história – dura, complexa, humana – permanece. E nos lembra, cruelmente, como guerras distantes podem ceifar vidas que tinham tudo para ser vividas longe delas.