Rede D'or: O Buraco Bilionário que Abala o Setor de Saúde no Brasil
Rede D'or: Buraco Bilionário no Setor de Saúde

Parece que o gigante dos hospitais brasileiros, a Rede D'or, encontrou uma maneira peculiar de lidar com suas finanças – e não, não é nada bonito de se ver. A coisa é feia, feia mesmo. Bilhões sumindo como num passe de mágica, mas sem a parte divertida do truque.

O que aconteceu? Bem, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) descobriu uma manobra criativa – para não dizer assustadora – nas contas da rede. Eles basicamente começaram a considerar um monte de despesas como se fossem investimentos. Imagina você chegar no banco e dizer que aquele dinheiro que gastou no shopping na verdade foi um 'investimento em bem-estar'. Pois é.

O Estrago dos Números

Os valores são de deixar qualquer um de cabelo em pé. Só em 2022, a rede realocou nada menos que R$ 2,3 bilhões – sim, bilhões com B – de despesas operacionais para a coluna de investimentos. No ano seguinte, a farra continuou com mais R$ 1,8 bilhão seguindo o mesmo caminho misterioso.

E o que isso significa na prática? Basicamente, a empresa parecia muito mais saudável financeiramente do que realmente estava. É como fazer regime só na segunda-feira e se pesar na terça de manhã – os números até enganam, mas a realidade é outra.

As Consequências para Todos Nós

Aqui é que a coisa fica séria de verdade. Essas manobras não afetam só os acionistas ou os diretores da empresa. Quem paga o pato somos nós, os consumidores. Com as contas maquiadas, a ANS pode ter autorizado reajustes de mensalidades baseados numa realidade que simplesmente não existia.

Pensa bem: você pagando mais no seu plano de saúde porque a operadora aparentou ter feito investimentos pesados, quando na verdade só estava remanejando despesas comuns do dia a dia? É de revirar o estômago.

O Que Dizem os Envolvidos

A Rede D'or, claro, nega qualquer irregularidade. Diz que tudo foi feito dentro das regras e que a ANS é que está interpretando tudo errado. Mas a agência reguladora não está nada convencida – e mandou a empresa refazer todas as contas desde 2022.

O pior? Essa não é a primeira vez que a rede se mete numa enrascada dessas. Em 2021, já havia sido flagrada numa manobra parecida, envolvendo outros R$ 1,2 bilhão. Parece que o aprendizado não foi muito eficaz.

Enquanto isso, nós, meros mortais que dependemos dos planos de saúde, ficamos aqui nos perguntando: até quando vamos pagar por jogatinas financeiras que não combinam nem um pouco com a seriedade que o setor de saúde deveria ter?

O caso ainda está rolando, mas uma coisa é certa: a confiança no sistema de saúde suplementar brasileiro levou mais um golpe duro. E dessa vez, veio de um dos seus principais players.