
Numa ação que mistura precisão de relógio suíço e astúcia de detetive, a Receita Federal acabou de desmontar um esquema de venda de tênis falsificados no coração de Maceió. O saldo? Quase R$ 3 milhões em produtos piratas apreendidos — dinheiro que, convenhamos, daria para comprar uns bons pares originais.
Segundo os fiscais, a operação foi deflagrada após semanas de investigação discreta. "A gente percebeu um movimento estranho no comércio da região central", conta um agente que preferiu não se identificar. "Quando fuçamos a fundo, achamos o pulo do gato."
Como identificar um tênis falso?
Pra quem não quer cair nesse golpe, fica a dica:
- Preço muito abaixo do mercado? Desconfie — se parece bom demais pra ser verdade, provavelmente é.
- Costura torta, logotipo borrado ou cheiro forte de cola são bandeiras vermelhas.
- A etiqueta veio em português de Portugal? Tá na cara que é cano.
Os fiscais encontraram de tudo — desde réplicas toscas até falsificações quase perfeitas, daquelas que enganam até o olho treinado. "Alguns estavam sendo vendidos como originais por preços absurdos", indigna-se outro agente.
O preço da pirataria
Enquanto isso, o governo faz as contas: só em impostos sonegados, o prejuízo passa de R$ 500 mil. Sem falar nos empregos formais que deixam de ser gerados — a indústria calçadista brasileira perde cerca de R$ 10 bilhões por ano com falsificações.
E tem mais: usar tênis pirata pode ser perigoso. "Já vimos casos de alergias graves por causa de materiais tóxicos", alerta um especialista em produtos de consumo. Melhor pagar um pouco mais e garantir a segurança — e a consciência tranquila.
Agora, os investigados podem responder por crimes contra a propriedade industrial e sonegação fiscal. A Receita promete continuar de olho: "Essa foi só a primeira rodada", avisam. Fica o recado.