Era um dia comum no movimentado comércio da Zona Sul de João Pessoa até que fiscais do Procon e da Vigilância Sanitária viraram o jogo. De repente, aquelas "manteigas da terra" tão apreciadas pelos paraibanos revelaram seu lado obscuro.
Numa ação que misturou estratégia policial e conhecimento técnico — quem diria que análise de embalagens poderia ser tão cinematográfica? —, os agentes identificaram pelo menos três características gritantes nos produtos falsificados:
- Textura mais líquida que o normal (parecia aquela maionese caseira que fica meio aguada)
- Cor amarelo-bem-forte, quase artificial
- Aquele cheiro característico? Nem sinal
O dono do estabelecimento — que preferiu não gravar depoimento — deve estar se mordendo de arrependimento. Afinal, além de perder toda a mercadoria apreendida, agora enfrenta multas que podem fazer qualquer um perder o apetite.
Saúde em jogo
Conversamos com a nutricionista Larissa Montenegro, que não economizou nas palavras: "Isso aqui é uma roleta-russa alimentar". Segundo ela, o consumo desses produtos adulterados pode desencadear desde simples desconfortos gástricos até reações alérgicas graves. "Sem falar no risco microbiológico", completa, fazendo aquela cara de preocupação que só profissional de saúde sabe fazer.
Para quem não quer cair nesse golpe, a dica é simples mas valiosa: compre sempre de produtores reconhecidos e fique atento aos detalhes. A manteiga da terra legítima tem:
- Consistência cremosa, mas não líquida
- Cor amarelo-pálido natural
- Aroma característico de leite fresco
Agora a pergunta que não quer calar: será que a gente consegue mesmo confiar no que coloca no prato? Enquanto as autoridades não respondem, o jeito é ficar esperto.
