
Imagine confiar seu dinheiro a alguém que promete multiplicá-lo como mágica, só para descobrir que era tudo um teatro bem armado. Foi exatamente o que aconteceu com vários empresários de Belo Horizonte, vítimas de um trio que agora responde à Justiça.
Os três — dois deles com histórico de trambicagem financeira — montaram uma rede de mentiras tão convincente que até quem já tinha experiência no mercado caiu como patinho. Ofereciam "oportunidades exclusivas" em setores como agronegócio e tecnologia, com retornos absurdos de 30% ao mês. Quem resiste a isso, né?
O modus operandi
Primeiro, conquistavam a confiança com jantares em restaurantes caros e papo de "negócios bilionários". Depois, mostravam documentos falsificados — contratos, extratos bancários, até laudos técnicos inventados. A cereja do bolo? Um escritório luxuoso no centro de BH, alugado só para impressionar.
- Vítimas relatam que os golpistas usavam jargões técnicos para confundir
- Falsos testemunhos de "clientes satisfeitos" eram encenados
- Quando pressionados, inventavam problemas burocráticos para postergar saques
O estouro veio quando um investidor, desconfiado da demora, contratou um detetive particular. Descobriu que os tais "projetos" nem existiam — era dinheiro indo direto para contas fantasmas e... adivinhe? Cassinos e carros de luxo.
As consequências
A Polícia Civil trabalhou por meses no caso. Segundo delegados, o prejuízo supera R$ 15 milhões, mas pode ser maior — muitas vítimas têm vergonha de assumir que caíram no conto do vigário.
"Eles eram bons. Muito bons", admite um dos empresários lesados, que pediu anonimato. "Quando percebi, já tinha colocado metade do meu patrimônio nessa furada."
Os três agora respondem por estelionato qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem pegar até 15 anos de cana. Mas, como diz o ditado, o crime pode compensar... até o dia em que não compensa mais.