
Não é de hoje que os cariocas precisam ficar de olho aberto até no táxi. Dessa vez, um motorista resolveu inovar na malandragem — e acabou atrás das grades. A Polícia Civil prendeu um taxista que aplicava o famigerado "golpe da maquininha" em passageiros desavisados.
O esquema era simples, mas eficaz: durante o trajeto, o motorista — que já tinha fama de "criativo" entre os colegas de profissão — usava uma máquina de cartão adulterada. Quando o cliente passava o plástico, parte do valor sumia como mágica. Só que, ao contrário dos truques de ilusionismo, essa arte não era inofensiva.
Como o golpe funcionava
Você entra no táxi, faz o trajeto e, na hora de pagar:
- O taxista diz que a máquina "às vezes demora" para registrar
- Passa o cartão uma, duas, três vezes — "ah, deu erro"
- Quando você vê o extrato depois... Surpresa! Foram três cobranças em vez de uma
Parece brincadeira, mas os prejuízos chegavam a R$ 150 por vítima. E olha que o sujeito não era nenhum iniciante — a polícia estima que ele tenha aplicado o golpe em pelo menos 20 passageiros só no último mês.
A queda do "artista"
Toda farra tem seu fim. Depois de várias denúncias, a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) colocou o malandro na mira. Na terça-feira (22), durante uma blitz na Zona Sul do Rio, os agentes flagraram o taxista com a maquininha "mágica".
"Era só passar o cartão que o sistema fazia a cobrança múltipla automaticamente", explicou um delegado, visivelmente irritado com a cara de pau do criminoso. O equipamento foi apreendido e o motorista — que já tinha passagem por estelionato — vai responder por crime de falsificação de dispositivo eletrônico.
E aí, vai continuar confiando cegamente naquele "pode passar o cartão, senhor"? Melhor dar aquela espiada no aplicativo do banco antes de sair do táxi...