
Era pra ser o pé de meia da aposentadoria, aquele dinheiro suado de anos de bola rolando. Mas quando Cláudio Adão, ex-jogador do Flamengo que marcou época nos anos 90, foi conferir suas economias... surpresa desagradável. O cofre estava vazio.
"Fui na advogada que administrava tudo e ela simplesmente evaporou", conta o ex-atleta, com aquela voz rouca de quem já gritou muito em campo. "Era minha única reserva, o que eu guardei pra quando os joelhos não aguentarem mais".
O golpe do século (pelo menos pra ele)
Detalhes? Bem, a história tem tudo pra virar roteiro de filme. A profissional - que prefere não nomear enquanto a investigação corre - cuidava dos investimentos do ex-jogador há anos. Confiança total, aquela coisa. Até que, num piscar de olhos:
- Contatos cortados
- Escritório fechado
- Dinheiro? Nem sinal
"Parece até aqueles filmes americanos onde o cara acorda e descobre que foi passado pra trás", brinca Adão, sem muita graça. Mas o caso é sério - e já está nas mãos da polícia.
O que fazer quando a justiça some com seu dinheiro?
Especialistas ouvidos pelo G1 dão aquele conselho óbvio que ninguém quer ouvir: "Diversifique, não ponha todos os ovos na mesma cesta". Mas convenhamos - quando você confia num profissional formado, com registro na OAB, espera pelo menos não ser roubado descaradamente.
O caso levantou um debate importante: até onde vai a responsabilidade dos conselhos de classe quando um membro comete esse tipo de ação? A OAB-RJ já se manifestou - diz que acompanha o caso, mas não pode adiantar detalhes.
Enquanto isso, Adão tenta reconstruir o que perdeu. "Já passei por lesão, por time que não pagou salário... mas ser enganado por quem devia proteger seus direitos? Isso dói diferente".