
Não deu outra. O Tribunal de Justiça de São Paulo acabou de fechar o cerco contra um empresário que, durante anos, aplicou golpes dignos de roteiro de filme — só que, infelizmente, a trama era real e as vítimas, muitas.
R$ 47 milhões desviados. Centenas de pessoas lesadas. E uma teia de promessas falsas que desmoronou na frente da Justiça, que não deixou barato.
O esquema que enganou até os mais desconfiados
O cara era bom no que fazia — e isso é um elogio perigoso. Com discurso afiado e projetos fictícios de investimento imobiliário, ele convenceu desde pequenos poupadores até investidores experientes. O método? Clássico, mas eficaz: vender o sonho de retornos absurdos em curto prazo.
"Parecia legítimo, tinha escritório chique, papo convincente... até o momento em que os cheques começaram a voltar", relata uma das vítimas, que prefere não se identificar. Ela perdeu o equivalente a uma casa popular.
Justiça fecha o cerco
Depois de 5 anos de processos, recursos e delongas — porque no Brasil nada é rápido, né? — a Segunda Câmara Criminal manteve a condenação em primeira instância. O empresário vai responder por:
- Estelionato qualificado (e como!)
- Formação de quadrilha
- Lavagem de dinheiro
A pena? 12 anos de reclusão inicialmente, mas sabemos como isso funciona — provavelmente vai cumprir uns 3, no regime semiaberto. Ainda assim, a decisão serve de alerta para outros "empreendedores criativos" por aí.
Curiosidade: durante o julgamento, veio à tona que parte do dinheiro foi usada para sustentar um estilo de vida digno de reality show — iates, carros de luxo e até uma coleção de vinhos raros. Enquanto isso, algumas vítimas tiveram que refazer a vida do zero.
E agora?
O caso ainda não acabou — porque no Brasil judiciário, tudo tem volta. Os advogados do empresário já anunciaram que vão recorrer ao STJ. Enquanto isso, as vítimas torcem para ver pelo menos parte do prejuízo de volta.
Moral da história? Quando a promessa é boa demais pra ser verdade, provavelmente... não é. E em Campinas, essa lição custou caro.