
Era para ser um negócio sustentável, mas virou um verdadeiro pântano de irregularidades. Em Aparecida de Goiânia, uma empresa de reciclagem — aquelas que deveriam ser exemplo de ética ambiental — acabou no centro de um escândalo que deixaria até o mais criativo roteirista de novela com inveja.
Dois funcionários, aproveitando-se da confiança depositada neles, orquestraram um esquema tão ousado que só foi descoberto quando o rombo já beirava R$ 1 milhão. Imagina só: enquanto a empresa trabalhava para reciclar materiais, esses caras estavam reciclando dinheiro público de forma nada ecológica.
Como o esquema funcionava?
Não foi nada sofisticado — e é justamente isso que assusta. Os suspeitos simplesmente:
- Alteravam valores de notas fiscais (aquela velha cartilha do crime, mas que ainda cola)
- Criavam despesas fantasmas (como se o orçamento da empresa fosse um ralo aberto)
- Desviaam recursos destinados a projetos ambientais (ironia no seu nível mais cruel)
O pior? O esquema durou mais de um ano antes de ser descoberto. Você já viu aquela história de "pequenos desvios que viram um tsunami de corrupção"? Pois é.
As consequências
Agora os dois ex-funcionários — que tinham cargos de confiança, diga-se de passagem — respondem por crime de peculato. E não é brincadeira: se condenados, podem pegar até 12 anos de cadeia.
Enquanto isso, a empresa tenta se reerguer. E olha que situação: uma organização que deveria preservar recursos naturais teve seus próprios recursos naturais (leia-se: financeiros) saqueados. A vida às vezes escreve roteiros tão absurdos que nem o mais criativo dos dramaturgos ousaria inventar.
Moradores da região ficaram chocados. "A gente confiava nessa empresa pra fazer o certo", disse uma vizinha, enquanto sacudia a cabeça com aquela mistura de decepção e raiva tão característica de quem se sente traído.