
Imagine a cena: você junta seu suado dinheiro, escolhe o carro dos sonhos na concessionária e, quando menos espera, descobre que caiu num golpe milionário. Foi exatamente o que aconteceu com pelo menos 40 pessoas em Santa Catarina — e o estrago não foi pequeno.
A tal concessionária, que prefiro nem citar o nome pra não dar ibope, tá sendo investigada por aplicar um daqueles golpes clássicos, mas sempre eficazes: vender veículos que... bem, nem existiam direito. Ou estavam longe de ser o que prometiam. O prejuízo? Algo em torno de R$ 2 milhões, segundo as primeiras estimativas.
O modus operandi que enganou até os mais espertos
Não foi nada sofisticado — e é justamente aí que mora o perigo. Os vendedores (ou deveria dizer "artistas da falcatrua"?) ofereciam condições mirabolantes:
- Entradas absurdamente baixas
- Prazos de financiamento que não existem nem no conto de fadas
- Veículos com quilometragem "ajustada" — eufemismo pra dizer que o odômetro foi adulterado sem vergonha nenhuma
Pior? Alguns clientes sequer receberam os documentos dos carros. Outros descobriram que seu "novo" usadinho já tinha dono, leilão no passado e até histórico de batida forte.
"Parecia bom demais pra ser verdade... e era"
Foi o que me contou uma das vítimas, que pediu pra não ser identificada. Ela, que jurava ter feito a negociação do século, acabou com um problema do tamanho de um caminhão — literalmente. O carro que comprou apresentou defeitos graves no primeiro mês de uso.
E olha que o caso tá longe de ser isolado. A delegacia especializada em crimes contra o consumidor já acumula dezenas de registros — e a lista não para de crescer. Parece que a concessionária virou uma espécie de "fábrica de ilusões automotivas".
Como não cair nesse tipo de golpe
Se tem uma coisa que aprendi cobrindo casos assim:
- Desconfie de promoções milagrosas — se é bom demais, desconfie dobrado
- Exija sempre a documentação completa antes de fechar negócio
- Pesquise o histórico do veículo no Detran — custa pouco e pode poupar muita dor de cabeça
- Cheque a reputação da concessionária no Procon e no Reclame Aqui
Ah, e se já foi vítima? Não fique quieto! Procure o Procon ou a delegacia mais próxima. Afinal, como diz o ditado: calado até parece que tá de acordo com a maracutaia.
Enquanto isso, a polícia segue investigando — e torcemos pra que essa história tenha um final menos amargo do que o gosto que ficou na boca dos consumidores lesados.