Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, trinta carros de luxo viraram peças-chave num esquema milionário no Piauí. A operação, que rolou nesta terça (16), pegou até os vizinhos de surpresa — quem diria que aqueles veículos reluzentes escondiam rastros de dinheiro sujo?
Dois municípios viraram palco dessa trama: Teresina e Picos. Segundo as investigações, os automóveis serviram como "máquinas de lavar" cerca de R$ 1,5 milhão. Detalhe curioso? A maioria eram modelos que chamam atenção, justamente o tipo que ninguém suspeitaria.
Como a operação desmontou o esquema
Parece que os envolvidos subestimaram a capacidade dos agentes. A Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCF) não só identificou o movimento suspeito como conseguiu rastrear cada etapa do processo. E olha que não foi moleza — os carros mudavam de mãos mais rápido que camisa de time em final de campeonato.
- Primeira apreensão: 18 veículos em Teresina, incluindo picapes e sedãs de alto padrão
- Segunda leva: mais 12 carros em Picos, alguns com documentos "criativos"
- Valor total: estimado em R$ 3,2 milhões só nos bens apreendidos
"Quando começamos a conectar os pontos, vimos que era um esquema bem organizado", comentou um delegado que preferiu não se identificar. A técnica? Compra com dinheiro de origem duvidosa, venda superfaturada e — voilà — o dinheiro "limpo" entrava no sistema como se fosse legítimo.
O que acontece agora?
Os veículos estão sob custódia enquanto a investigação segue. E não pense que a história acaba aqui — os investigadores já têm pistas sobre outros envolvidos. Enquanto isso, os moradores das duas cidades ficam se perguntando: quantos outros esquemas assim podem estar rolando debaixo de nossos narizes?
Uma coisa é certa: essa operação mostrou que, no Piauí, o combate ao crime financeiro está longe de ser apenas papelada. Estão colocando a mão na massa — ou melhor, no volante.
