
Era questão de tempo. Depois de aplicar golpes que deixaram um rastro de prejuízos pelo país, o segundo maior fraudador financeiro do Brasil finalmente caiu — e o palco foi Goiânia, onde a polícia fechou o cerco nesta quarta-feira (7).
O sujeito, que prefiro chamar de "artista da falcatrua", montou um esquema tão elaborado que até bancos experientes caíram como patinhos. Imagina só: falsificação de documentos, laranjas espalhados por vários estados e até um sistema de lavagem que faria Walter White corar.
Como o golpe funcionava
Não foi um golpe qualquer, aqueles que seu tio desconfia no WhatsApp. Era sofisticado, quase um serviço premium da bandidagem:
- Primeiro, criava empresas-fantasma com documentos impecáveis (ou quase)
- Depois, "contratava" laranjas — alguns nem sabiam que estavam no meio
- Por fim, fazia empréstimos milionários e sumia como fumaça
Detalhe cruel: muitas vítimas eram pequenos empresários que perderam tudo. "Parecia oportunidade de ouro, era só areia movediça", contou um deles, ainda abalado.
A queda do mestre da enganação
O que derrubou esse Houdini das fraudes? Um erro besta — como sempre. Deixou rastros digitais numa transferência internacional para um cassino online. A Interpol avisou, e a PF começou a costurar o caso.
Na casa dele, encontraram:
- Notas falsas tão bem feitas que enganaram peritos
- Computadores com softwares de edição profissional
- Uma coleção de identidades roubadas (literalmente)
O delegado responsável, que já viu de tudo, confessou: "Nunca vi tanta organização no crime. Era um CEO da ilegalidade".
Agora? Vai responder por formação de quadrilha, falsificação e lavagem — se a Justiça não engolir mais um habeas corpus criativo. Enquanto isso, as vítimas torcem para ver algum centavo de volta.