
Imagine um cenário digno de filme de espionagem: um criminoso usando drones para vigiar a polícia enquanto sabotava empresas de internet no Ceará. Pois é exatamente isso que a investigação acabou revelando — e a história é mais complexa do que parece.
O sujeito, preso nesta quarta (17), não era um amador. Tinha método, equipamentos e uma dose de ousadia que deixou até os investigadores de cabelo em pé. Enquanto desligava serviços de conexão — deixando cidades inteiras no escuro digital —, mantinha os olhos no céu para antecipar qualquer movimento das autoridades.
O jogo do gato e rato tecnológico
Não foi fácil pegá-lo. O cara trocava de local como quem troca de roupa, sempre um passo à frente. Usava aplicativos criptografados (aqueles que nem a NSA decifra fácil) e, pasmem, programava os drones para patrulhar áreas estratégicas. Quando a polícia chegava perto? Puf! Já tinha evaporado.
Os investigadores contam que ele:
- Mapeava rotas de fuga com antecedência
- Monitorava frequências de rádio policial
- Desativava câmeras de segurança próximas
Não à toa, o delegado responsável pelo caso resumiu: "Foi a investigação mais tecnológica que já conduzi em 15 anos de carreira".
O estrago feito e as lições deixadas
Os ataques — que duraram meses — causaram prejuízos milionários e deixaram milhares sem internet. Empresários reclamaram, clientes ficaram furiosos, e a polícia teve que correr atrás do prejuízo (literalmente).
Mas o caso levantou debates importantes: até onde vai a vulnerabilidade das nossas redes? Como criminosos estão usando tecnologia acessível contra sistemas essenciais? Perguntas que, convenhamos, ninguém quer ter que responder na marra.
Agora, com o suspeito atrás das grades, resta saber se ele agia sozinho ou se era peça de algo maior. A polícia não descarta novas prisões — afinal, nesse mundo digital, raramente se opera no esquema "lobo solitário".