
Era uma operação que parecia saída de um filme de espionagem, mas aconteceu de verdade aqui mesmo na Grande São Paulo. Na madrugada desta quarta-feira, 25, a Polícia Civil colocou na cadeia onze membros de uma organização criminosa que vivia de aplicar golpes virtuais — e olha que eles eram bons no que faziam, infelizmente.
O negócio deles? Roubar dados bancários de pessoas inocentes como eu e você. A quadrilha atuava principalmente nas regiões de Mogi das Cruzes e Suzano, mas suas vítimas estavam espalhadas por todo o estado. Imagina só: você tá lá, tranquilo no seu celular, e de repente seus dados sumiram. Foi mais ou menos assim que agiam.
Como funcionava o golpe
Os investigadores descobriram que os criminosos usavam técnicas sofisticadas — nada daqueles golpes antigos que a gente já conhece. Eles conseguiam acessar contas bancárias e aplicativos financeiros através de um método chamado "SIM swap". Basicamente, clonavam o chip do celular da vítima. Resultado? Todo o acesso aos bancos ia parar nas mãos erradas.
Mas não parava por aí. A quadrilha também aplicava o famoso "phishing" — aqueles links falsos que parecem legítimos — e usavam malwares para invadir dispositivos. Um verdadeiro arsenal digital para limpar contas bancárias.
Os números impressionam
Os prejuízos são astronômicos: mais de R$ 5 milhões desviados somente nas transações que a polícia conseguiu mapear. E olha que esse número pode ser só a ponta do iceberg, sabia? A delegada Adriana de Souza Lima, que coordenou a operação, disse que as investigações continuam porque novos casos aparecem a cada dia.
Foram cumpridos doze mandados de busca e apreensão — onze em Mogi das Cruzes e um em Suzano. Computadores, celulares, anotações com dados de vítimas e até mesmo dinheiro em espécie foram apreendidos. Material mais do que suficiente para incriminar o grupo.
Quem são os presos
Os onze detidos têm entre 20 e 35 anos, e pasmem: alguns tinham emprego formal, mas viam no crime digital uma "fonte de renda extra". Parece que a tentação do dinheiro fácil falou mais alto. Eles agora respondem por associação criminosa, invasão de dispositivo informático e estelionato — crimes que podem render até 8 anos de prisão.
O mais preocupante? Essa quadrilha agia desde 2023, segundo as investigações. Dois anos aplicando golpes até serem pegos. Dá pra acreditar?
Dicas para se proteger
- Desconfie de links suspeitos — mesmo que venham de contatos conhecidos
- Ative a autenticação em dois fatores em todos os aplicativos bancários
- Nunca compartilhe senhas por mensagem ou telefone
- Monitore suas contas bancárias diariamente — a prevenção ainda é o melhor remédio
A operação foi batizada de "Firewall" — um nome mais do que apropriado, já que firewalls servem justamente para bloquear invasões. E dessa vez, funcionou direitinho.
Restou alguma dúvida? A Delegacia de Delitos Cibernéticos continua com o caso aberto para novas denúncias. Afinal, nesse mundo digital, todo cuidado é pouco — e a polícia tá de olho.