Dark Web vende passaportes escaneados por até US$ 5 mil — veja como se proteger
Passaportes roubados valem até US$ 5 mil na dark web

Imagine ter sua identidade vendida como mercadoria num mercado clandestino. Pois é exatamente isso que acontece nos becos digitais da dark web, onde passaportes escaneados — alguns quase impecáveis — são leiloados como figurinhas raras. Só que, em vez de colecionadores, os compradores costumam ser criminosos especializados em golpes sofisticados.

Os preços? Variam tanto quanto a qualidade dos documentos. Enquanto um passaporte brasileiro "básico" pode sair por míseros US$ 200, as versões europeias e norte-americanas atingem cifras absurdas — até US$ 5 mil! Parece roteiro de filme de espionagem, mas é a pura realidade do submundo digital.

Como esses documentos vão parar nas mãos erradas?

As táticas são tão diversas quanto preocupantes:

  • Violação de bancos de dados governamentais (aqueles vazamentos que às vezes aparecem no noticiário)
  • Funcionários corruptos que vendem acesso a sistemas internos
  • Golpes de phishing tão bem elaborados que enganariam até especialistas
  • Roubo físico de documentos seguido de digitalização profissional

E aqui vai um detalhe arrepiante: alguns lotes incluem "pacotes completos" com histórico de viagens, carimbos de imigração e até selfies dos documentos sendo segurados pelo legítimo dono. Tudo para passar despercebido nos controles mais rígidos.

O que fazer para não virar estatística?

Primeiro, mantenha o sangue frio. Se seu passaporte já sumiu alguma vez — mesmo que brevemente —, vale a pena ficar de olho. Eis algumas dicas que parecem óbvias, mas que a maioria ignora:

  1. Ative alertas de viagem no seu passaporte eletrônico, quando possível
  2. Denuncie imediatamente documentos perdidos ou roubados — não espere "ver se aparece"
  3. Use autenticação em dois fatores em qualquer serviço que guarde cópias dos seus documentos
  4. Cuidado com Wi-Fi públicos ao acessar contas governamentais

E o mais importante: desconfie de promoções milagrosas ou formulários suspeitos pedindo cópias de documentos. Nessa brincadeira, o barato pode sair caríssimo.

Enquanto autoridades correm atrás do prejuízo — com operações que parecem mais enxugar gelo do que resolver o problema —, a lição fica clara: no mundo digital, sua identidade vale mais que ouro. E tem gente disposta a pagar caro por ela.