
Ela parecia apenas mais uma usuária comum de aplicativos de apostas, mas a realidade — como costuma acontecer nesses casos — era bem diferente. Uma mineira, cuja identidade ainda não foi divulgada, está sendo investigada por supostamente integrar uma rede que movimentou nada menos que R$ 4 bilhões em jogos de azar online.
Segundo fontes próximas ao caso, a mulher teria atuado como "ponte" entre apostadores e plataformas ilegais. O esquema, que lembra aqueles filmes de suspense financeiro (só que sem o glamour hollywoodiano), operava na sombra da internet, aproveitando brechas na legislação.
Como funcionava o esquema?
Detalhes são escassos — a polícia mantém as cartas fechadas —, mas sabe-se que:
- Operações ocorriam através de aplicativos camuflados como "jogos sociais"
- Valores eram lavados através de contas laranjas
- A rede tinha ramificações em pelo menos três estados brasileiros
"É impressionante a sofisticação", comenta um delegado que pediu para não ser identificado. "Eles tinham até um sistema de recompensas em criptomoedas — coisa de filme."
O papel da mineira
A investigada, que mora em Belo Horizonte, não seria a cabeça da operação — essas figuras costumam se esconder atrás de camadas e mais camadas de laranjas. Mas, segundo as autoridades, ela teria sido peça fundamental na captação de clientes e no gerenciamento de parte do fluxo financeiro.
Curiosamente (ou não), a mulher mantinha um perfil discreto: sem ostentações nas redes sociais, sem carros de luxo na garagem. "Justamente o perfil que esses esquemas buscam", explica um especialista em crimes digitais. "Quanto menos chamar atenção, melhor."
O caso veio à tona depois de uma denúncia anônima — aquela velha história de que, em crime organizado, a organização às vezes é o próprio ponto fraco. A Polícia Civil de Minas Gerais trabalha agora para desvendar toda a teia de conexões.
Enquanto isso, o mercado de apostas online — legal ou não — segue aquecido no Brasil. Só no ano passado, o setor movimentou cerca de R$ 14 bilhões. Números que deixam qualquer cassino de Las Vegas no chinelo.