Era só mais um dia comum no estacionamento daquela academia chique de Moema — pelo menos era o que os clientes achavam. O que ninguém desconfiava é que o manobrista aparentemente inofensivo tinha um talento obscuro: clonagem de controles remotos para invadir condomínios de luxo na região.
Segundo investigações, o esquema funcionava como um roteiro de filme policial. O indivíduo — cujo nome ainda não foi divulgado — aproveitava o acesso aos carros dos frequentadores para copiar os sinais dos controles de portão. "Ele agia com uma paciência de ourives", comentou um delegado envolvido no caso, que preferiu não se identificar.
Técnica que surpreendeu até especialistas
Não era qualquer "gato" eletrônico caseiro. O suspeito usava equipamentos profissionais — desses que custam uma pequena fortuna — para capturar e replicar os códigos dos dispositivos. E o pior? A maioria das vítimas nem percebia que seu controle havia sido clonado.
- Modus operandi incluía memorizar endereços pelos documentos no carro
- Equipamento de clonagem escondido em mochila comum
- Condomínios visados tinham sistemas de segurança considerados "blindados"
Um porteiro de um dos edifícios-alvo, que pediu para ser chamado apenas de Carlos, contou: "A gente via ele passando como se fosse morador — controle na mão, cumprimentando todo mundo. Quem ia desconfiar?"
As falhas que facilitaram o crime
Especialistas em segurança eletrônica apontam que muitos condomínios ainda usam sistemas antigos — verdadeiros "abacaxis" tecnológicos. "É como trancar a porta da frente e deixar a janela do banheiro escancarada", compara um técnico que prefere não se identificar.
A polícia acredita que o esquema possa ter mais participantes. Afinal, sozinho, o suspeito dificilmente daria conta de tantos endereços diferentes. Enquanto isso, síndicos da região já correm para atualizar seus sistemas de segurança.
Moradores de Moema, aquela região tão tranquila (ou não?), agora checam duas vezes se o portão realmente fechou. E você? Já pensou em como está a segurança do seu condomínio?
