Hytalo Santos: vídeos de menores em situações impróprias viralizam com mais de 15 bilhões de visualizações
Hytalo Santos: 15 bi de views com vídeos de menores

Um caso que mistura polêmica, números estratosféricos e uma investigação séria. Hytalo Santos, criador de conteúdo da Paraíba, está no centro de uma tempestade por publicar vídeos de menores em situações no mínimo questionáveis.

Desde 2020 — sim, você leu certo, quatro anos nessa rotina — ele vem postando materiais onde crianças e adolescentes aparecem em cenas de namoro e coreografias com apelo sexual. O pior? Essa "fábrica de likes" já ultrapassou a marca dos 15 bilhões de visualizações. Quinze bilhões!

O algoritmo do escândalo

Como algo assim consegue ficar tanto tempo no ar? Essa é a pergunta que não quer calar. Enquanto plataformas digitais se gabam de seus sistemas de moderação ultra-sofisticados, conteúdos como esses escorrem pelos vãos dos algoritmos como água entre os dedos.

Os vídeos — que beiram o absurdo — mostram:

  • Meninas pré-adolescentes dançando de forma sensual
  • Cenas simulando relacionamentos amorosos entre crianças
  • Coreografias que copiam passos de funk proibidão

E o pior de tudo? A audiência só cresce. É como se fosse um circo macabro onde as estrelas são garotas que mal saíram da fase de bonecas.

Paraíba no centro do furacão

O caso tem raízes na terra do sol forte e da cultura rica. Santos, o "empreendedor digital" por trás desse esquema, opera desde João Pessoa — e parece ter encontrado a fórmula perfeita para viralizar às custas da inocência alheia.

Autoridades já acordaram para o caso (finalmente!), mas a pergunta que fica é: por que demorou tanto? Quatro anos são tempo suficiente para uma criança completar o ensino fundamental inteiro enquanto era exposta nesse circo digital.

Especialistas em direitos digitais apontam o dedo:

  1. Falhas graves nos sistemas de verificação de idade
  2. Modelos de negócios que privilegiam engajamento a qualquer custo
  3. Uma cultura que normaliza a erotização precoce como "brincadeira"

Enquanto isso, nas ruas da capital paraibana, pais começam a ficar de cabelo em pé. "É meu maior medo", confessa uma mãe que prefere não se identificar. "Um dia você posta um vídeo inocente do seu filho, no outro ele vira meme em grupos de WhatsApp."

O preço dos likes

O caso Hytalo Santos escancara o lado podre da economia de atenção. Quando cada visualização vira moeda, alguns estão dispostos a pagar qualquer preço — inclusive o da dignidade de menores.

Nas redes, a discussão esquenta. De um lado, defensores da "liberdade de criação". Do outro, quem vê nisso um caso clássico de exploração digital. No meio, crianças que talvez nem entendam o tamanho do buraco onde foram colocadas.

Uma coisa é certa: o caso vai render muito mais que visualizações. Agora, a conta a ser paga pode vir em forma de processos — e quem sabe, finalmente, de um freio nessa farra perigosa.