
Imagine a cena: uma jovem de 16 anos descobre, por acaso, que um adulto a observa há meses. Não é ficção – aconteceu em Porto Velho, onde um homem de 32 anos foi detido pela Polícia Civil nesta terça-feira (29). O motivo? Uma teia de invasão de privacidade que deixou até os investigadores arrepiados.
O sujeito – vamos chamá-lo de "o espião digital" – não se contentava em seguir a adolescente nas redes. Ele tirava fotos dela sem autorização, montava álbuns secretos no celular e, pasme, compartilhava esse material em grupos de WhatsApp. "Parece roteiro de filme de terror", comentou uma vizinha que preferiu não se identificar.
Como a farsa veio abaixo
Tudo começou a desmoronar quando a garota notou sombras estranhas no seu cotidiano:
- Horários de saída da escola sempre coincidiam com "encontros casuais"
- Fotos suas em locais privados apareciam em dispositivos alheios
- Mensagens anônimas com detalhes íntimos de sua rotina
A família, é claro, entrou em alerta máximo. "Minha filha virou refém dentro da própria vida", desabafou a mãe durante o depoimento. A investigação revelou que o stalker usava até aplicativos de localização disfarçados – coisa de profissional.
O lado técnico do pesadelo
Os peritos encontraram no aparelho do acusado:
- 127 imagens da vítima em situações privadas
- Print de conversas íntimas obtidas por hacking
- Roteiros detalhados dos movimentos semanais da adolescente
Pior? Ele mantinha um diário digital com comentários perturbadores sobre cada foto. "É como se colecionasse troféus", observou o delegado responsável, visivelmente incomodado.
Agora o caso segue para a Justiça – e serve de alerta para pais e adolescentes. Num mundo onde a tecnologia avança, os perigos se sofisticam. Fica a dúvida: quantos outros "espiões digitais" agem impunes por aí?