
Imagine comprar remédios controlados com a mesma facilidade que um lanche por delivery? Pois é exatamente isso que um farmacêutico de Ribeirão Preto tentava oferecer – até a polícia bater à sua porta.
Nesta quarta-feira (4), a Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (DRCP) prendeu em flagrante um profissional do setor farmacêutico. O motivo? Suspeita de comercializar, pela internet, medicamentos que exigem prescrição médica e controle especial.
O esquema era simples, mas arriscadíssimo. Através de aplicativos de mensagem e redes sociais, o acusado anunciava produtos como Clonazepam, Alprazolam e Codeína. Valores combinados, pagamentos via PIX e entregas – muitas vezes – pela cidade toda. Tudo sem a menor cerimônia.
Operação em andamento
A investigação começou depois de denúncias anônimas. Não demorou para que os investigadores identificassem o perfil do suspeito e coletassem provas suficientes para o mandado. Durante a ação, apreenderam celulares, computadores e uma porção de documentos que agora vão ajudar a entender a extensão do negócio ilegal.
O que mais preocupa, convenhamos, não é só a quebra de regras. Remédios controlados nas mãos de quem não precisa ou não tem acompanhamento médico podem causar dependência, overdose e até morte. Um perigo silencioso, disfarçado de conveniência.
E agora, José?
O farmacêutico responde em liberdade? Nem pensar. Ele foi levado para o Centro de Prisão Provisória de Ribeirão Preto e agora encara acusações por exercício ilegal da profissão e venda irregular de medicamentos. Se condenado, pode pegar até anos de detenção.
Autoridades lembram que comprar medicamentos sem receita não é apenas irregular: é uma roleta-russa com a própria saúde. A orientação é sempre buscar farmácias autorizadas e, claro, ter a prescrição em mãos.
Resta saber se essa foi uma operação isolada ou só a ponta de um iceberg gigante. A polícia segue investigando.