
Numa operação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Polícia Federal (PF) apreendeu em Belém um lote de cartões de vacinação falsificados — todos vindos do Suriname. Dois suspeitas, mulheres, foram levadas para prestar esclarecimentos. O caso, que mistura fronteiras, saúde pública e crime organizado, deixou até os agentes surpresos com a ousadia.
Segundo fontes próximas à investigação, os documentos eram tão bem feitos que quase passariam despercebidos. Quase. Um detalhe mínimo — que as autoridades preferiram não revelar para não atrapalhar as investigações — entregou a farsa. "Parecia coisa de profissional", comentou um dos envolvidos no caso, sob condição de anonimato.
Como o esquema funcionava?
Embora a PF ainda esteja desvendando todos os meandros da operação, algumas peças do quebra-cabeça já se encaixam:
- Os cartões falsos chegavam ao Brasil por rotas não convencionais — suspeita-se que via fronteira terrestre.
- Em Belém, eram distribuídos para compradores que, por motivos ainda desconhecidos, precisavam "provar" imunização.
- O preço? Aí é que está o pulo do gato: variava conforme a urgência e o perfil do cliente.
Não é todo dia que se vê um esquema desses. E olha que a PF já está acostumada a lidar com falsificações de todo tipo — de dinheiro a diplomas universitários. Mas documentos de saúde... isso é novidade até para os mais experientes.
E as detidas?
As duas mulheres — cujos nomes não foram divulgados — estão sendo interrogadas. Não se sabe ainda se elas são "peixes pequenos" ou parte de algo maior. O que se comenta nos corredores é que pelo menos uma delas teria conexões internacionais. Coisa séria.
Enquanto isso, a população fica se perguntando: quantos desses cartões já circularam por aí? Será que alguém usou um desses para viajar ou acessar serviços? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar — como aquela nuvem de poeira depois de uma perseguição policial.
Uma coisa é certa: a PF promete "afinar o pente-fino" nas fronteiras. E, pelo visto, não vai ser só no papel.