
Numa reviravolta que poucos esperavam — e que traz um alívio doloroso, mas necessário — a Justiça decidiu perdoar. Sim, perdoar. A mãe do menino que perdeu a vida de forma tão brutal após ser atacado por um pit bull, em Goiás, recebeu oficialmente o perdão do sistema judiciário. A informação foi confirmada pelo advogado da família, em um daqueles raros momentos em que a lei mostra sua face mais humana.
O caso, que chocou a região e levantou debates acalorados sobre posse responsável de animais, chegou a um desfecho que, convenhamos, ninguém realmente sabia como seria. A mulher, que enfrentou meses de angústia e culpa — além da dor insuportável de enterrar um filho — agora pelo menos não terá que carregar também o peso de uma condenação judicial.
Segundo o representante legal, a decisão saiu na última quarta-feira (17). Não foi um processo rápido, nem fácil. Imagina só: além de lidar com o luto, a família ainda precisou navegar pelo labirinto jurídico, com audiências, protocolos e a constante sensação de estar sendo julgada pela tragédia.
O que levou à decisão?
Parece que o juiz levou em conta — e como deveria! — o contexto completo. A mulher não era negligente; era uma mãe como tantas outras, que vivia sua vida numa comunidade onde cães de guarda são comuns. O animal, segundo relatos, não tinha histórico de agressividade. Às vezes a vida prega peças terríveis, né? Coisas que não dá pra prever, por mais que a gente tente.
O advogado deixou claro: o perdão judicial não apaga o que aconteceu. Nada vai devolver o menino. Mas é um reconhecimento de que certas tragédias… bem, certas tragédias são apenas tragédias. Não crime.
O caso reacendeu, claro, a discussão sobre a criação de cães de raças consideradas potencialmente perigosas. Mas hoje, o foco é outro: é sobre uma mãe que pode, finalmente, respirar um pouco aliviada — mesmo que a dor nunca vá embora de verdade.