
Imagine a cena: um senhor de 72 anos, tranquilo na sua rotina, quando de repente — zás! — um pitbull avança sem aviso. Foi assim que começou o pesadelo de José Carlos*, morador de Taquaritinga, no interior paulista. O cachorro, que aparentemente estava solto, agarrou-o com uma força descomunal. "Parecia que tinha engolido meu braço", descreve o idoso, ainda abalado.
Não foi um simples susto. O animal, do tipo que "faz tremer o chão", segundo testemunhas, não largava o braço da vítima nem por decreto. "Eu gritava, batia, mas ele não abria a boca de jeito nenhum", conta José, que só foi liberado quando um vizinho apareceu com um pedaço de madeira. Demorou, mas funcionou.
O pós-ataque: dor, medo e perguntas
No hospital, os médicos não disfarçaram a preocupação. As marcas no braço do aposentado eram profundas — e o trauma, ainda mais. "Agora toda vez que ouço um latido, meu coração dispara", confessa ele, enquanto ajusta o curativo que precisará trocar diariamente por semanas.
E aí vem a pergunta que não quer calar: onde estava o dono do animal? Pelas informações, o pitbull teria "dado um passeio" sozinho pelo bairro antes do incidente. A Delegacia de Crimes Ambientais já foi acionada, mas até agora... silêncio. Enquanto isso, os vizinhos andam olhando pra todos os lados antes de sair de casa.
O outro lado da história
Procurado, o dono do cachorro — que preferiu não se identificar — garantiu que o animal "nunca tinha feito isso antes". Só que, convenhamos, de pouco adiantou pra José Carlos, não é mesmo? O caso reacende o debate sobre a criação de raças consideradas potencialmente perigosas. Alguns defendem regulamentação mais rígida; outros acham que o problema está nos donos, não nos bichos.
Uma coisa é certa: depois desse susto, o comércio local de coleiras resistentes deve bombar. E o pobre do José? Prometeu comprar um apito anti-cães antes de voltar a caminhar pelo bairro. Justo, não?