
Eis que surge mais um daqueles casos que fazem a gente perder a fé na humanidade. Uma ex-secretária do meio ambiente de Canoas, no Rio Grande do Sul, está no centro de uma investigação policial que parece saída de um roteiro de filme noir.
Carolina de Almeida Rohlfs – esse é o nome dela – está sendo acusada de praticar eutanásia em cães após usar os pobres animais como isca para receber doações. Sim, você leu certo. A coisa é tão absurda que chega a doer.
Como a fraude funcionava?
Pelo que apurou a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), a moça mantinha uma ONG chamada "Anjos de Patas" – ironia das grandes, não? – onde recolhia animais das ruas. Até aí, tudo bem. O problema começa quando ela iniciava campanhas virtuais emocionantes, implorando por recursos para custear tratamentos veterinários que... bem, parece que nunca existiram.
As doações chegavam. E os cães? Sumiam. Literalmente.
As provas que não mentem
Os investigadores descobriram conversas de WhatsApp que são de cortar o coração. Num trecho, Carolina diz: "Esse já vou sacrificar porque ninguém quer adotar". Noutro, comenta: "Esse já está velho, não vai render like".
Parece piada de mau gosto, mas é a pura realidade. As autoridades encontraram registros de que pelo menos 15 animais foram euthanasiados sem qualquer necessidade médica real. Apenas por... conveniência financeira.
O que diz a defesa?
Bom, até o momento, a defesa de Carolina alega que todas as eutanásias foram realizadas por recomendação veterinária. Dizem que os animais estavam em estado grave de saúde e que sofreriam muito. Mas, cá entre nós, a cronologia das doações recebidas pouco antes de cada "sacrifício necessário" é no mínimo... suspeita.
O caso agora está nas mãos da Justiça. Carolina responde por crimes ambientais e por estelionato. Se condenada, pode pegar até quatro anos de prisão.
Enquanto isso, os protetores animais de Canoas estão em estado de choque. Muitos que doaram confiantemente agora se sentem traídos. E os bichinhos? Esses pagaram o preço mais alto.