Ônibus Viram Barricadas no Rio: Protesto Bloqueia Vias na Zona Norte e Gera Caos no Trânsito
Protesto usa ônibus como barricada e paralisa Zona Norte do Rio

A madrugada desta segunda-feira, 23, amanheceu com um cenário digno de filme de ação no Rio — só que, infelizmente, era bem real. Na Zona Norte da cidade, mais precisamente nas imediações do Viaduto de Irajá, um protesto tomou conta das ruas de uma forma, digamos, bastante criativa: ônibus foram posicionados de maneira a fechar completamente a Avenida Pastor Martin Luther King Jr. E não foi só um, viu? A coisa foi séria.

Imagine você saindo de casa para trabalhar e se deparando com uma barreira de veículos urbanos no caminho. Pois é. O trânsito, que já não é nenhuma maravilha por aquelas bandas, simplesmente travou. A confusão se estendeu para ruas menores do entorno, criando um efeito dominó de lentidão que deixou muita gente de cabelo em pé.

O que se sabe até agora sobre os motivos

Segundo informações que circularam — e a coisa ainda está um tanto nebulosa —, a ação teria partido de um grupo que reivindica melhorias no transporte público. Parece irônico, não? Usar justamente os ônibus para travar o sistema. Mas a estratégia, ainda que radical, chama a atenção para um problema que todo carioca que depende de ônibus conhece bem: a necessidade de um serviço mais digno.

A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local para tentar desfazer o bloqueio. O clima, de acordo com relatos, era de tensão contida. Os agentes trabalhavam para remover os veículos e restabelecer o fluxo, mas a operação não era das mais simples — afinal, não é todo dia que se precisa desobstruir uma avenida tomada por ônibus.

E o cidadão comum? Quem se ferra é ele.

Enquanto isso, o prejuízo para o trabalhador era imenso. Motoristas de aplicativo, motoboys tentando entregar pedidos e pessoas comuns atrasadas para seus compromissos. Uma senhora, que preferiu não se identificar, comentou com certo desabafo: "É sempre assim. A gente paga o pato. Quem precisa chegar no hospital? Quem vai perder o emprego por causa de um atraso?".

Não há confirmação oficial sobre feridos, mas o estresse, com certeza, foi geral. O fato levanta, mais uma vez, aquele debate antigo sobre os limites do direito de protesto e o seu impacto na vida de quem não tem nada a ver com a história.

Por volta das 9h da manhã, a situação começava a ser normalizada, mas os efeitos do caos matinal iam durar ainda um bom tempo. Uma lição, talvez, de como a cidade é frágil e de como um protesto pode paralisar tudo — para o bem ou para o mal.