
A gestão municipal de Diadema, liderada pelo prefeito Taka, realizou uma operação controversa nesta semana, demolindo comércios que, segundo a prefeitura, davam suporte a bailes funk na comunidade do Pombal. A ação gerou revolta entre moradores, que acusam a administração de desrespeito à cultura local e falta de diálogo.
Detalhes da operação
Equipes da prefeitura, acompanhadas por agentes de fiscalização, chegaram ao local na madrugada de quinta-feira (5) com máquinas pesadas. Os estabelecimentos foram considerados irregulares por não possuírem alvarás ou estarem em áreas de risco. No entanto, frequentadores e donos de negócios alegam que os espaços eram legítimos e funcionavam há anos.
Reação da comunidade
Moradores se reuniram para protestar contra a ação, classificada como "arbitrária e violenta". "Isso não é só sobre os bailes, é sobre o direito de existir", disse uma líder comunitária, que preferiu não se identificar. Alguns relataram que equipamentos de som e móveis foram destruídos sem chance de resgate.
Posicionamento da prefeitura
Em nota, a gestão Taka afirmou que a operação visava "garantir a segurança e a ordem urbana", citando denúncias de perturbação do sossego e possível envolvimento com atividades ilegais. A administração prometeu "alternativas para a regularização" de comércios que cumpram as normas.
Impacto cultural
Os bailes funk na região são tradição há décadas, servindo como espaço de lazer e expressão para jovens da periferia. Ações como essa reacendem o debate sobre a criminalização de manifestações culturais em áreas periféricas.