O bairro de Madureira, no Rio de Janeiro, virou um cenário de guerra urbana nesta segunda-feira. De repente, o que era pra ser mais um dia comum se transformou num pesadelo de asfalto quente e gritos. O BRT — aquele que deveria levar gente pra lá e pra cá — ficou parado como um dinossauro de metal, inútil.
Não demorou muito pra que as primeiras barricadas aparecessem. Pneus velhos, pedaços de madeira, até móveis jogados fora viraram armas contra o fluxo da cidade. E aí? A PM chegou, é claro. Com escudos, cassetetes e aquele olhar de quem já sabe que o dia vai ser longo.
O estopim? Ninguém sabe ao certo
Dizem que foi um protesto contra o aumento da passagem. Outros juram que era coisa de grupos organizados. Seja como for, o resultado foi o mesmo: pedras voando, gás lacrimogêneo respondendo, e aquele cheiro misturado de borracha queimada e adrenalina.
Moradores fechados em casa, com medo de sair. Comércios baixando as portas mais cedo — quem vai arriscar, né? Até o pessoal do BRT teve que se esconder nos terminais, enquanto vidros estilhaçados contavam uma história que ninguém quer ouvir.
- BRT parado: 15 linhas afetadas, segundo a prefeitura
- Feridos: Dois PMs com cortes de pedras e um manifestante com ferimentos leves
- Trânsito: Caos total na Avenida Ministro Edgard Romero
E no meio disso tudo, o Rio segue sendo Rio. De um lado, a PM diz que "age dentro da lei". Do outro, moradores reclamam de "violência desnecessária". No centro, só o asfalto machucado e aquela pergunta no ar: até quando?
Enquanto isso, nas redes sociais, os ânimos se acirram. Vídeos mostram cenas que parecem saídas de um filme distópico — só que é aqui, é agora. E você, o que acha? Protesto legítimo ou vandalismo puro? Difícil dizer quando a poeira ainda não baixou...
