MPF investiga estrada ilegal dentro do Parque do Xingu: impacto ambiental e conflitos em MT
MPF investiga estrada ilegal em terra indígena no MT

Era uma obra que não deveria existir — mas lá estava ela, cortando como uma cicatriz aberta no coração do Parque Indígena do Xingu. O Ministério Público Federal (MPF) está com a faca e o queijo na mão para investigar a construção de uma estrada clandestina dentro dessa área protegida no norte do Mato Grosso. E olha que o assunto é mais espinhoso que cacto no deserto.

O que está acontecendo?

Segundo fontes próximas ao caso, a via — que parece ter surgido do nada, como cogumelo após a chuva — teria pelo menos 40 km de extensão. Cruzando áreas de preservação permanente, ela ligaria propriedades rurais à BR-242. Conveniente demais pra ser coincidência, não?

Os procuradores federais já estão com o radar ligado. Eles suspeitam que a obra:

  • Foi executada sem qualquer tipo de licença ambiental
  • Invadiu terras indígenas demarcadas
  • Pode ter causado danos irreversíveis ao ecossistema local

O pulo do gato

O que mais chama atenção — e aqui a coisa fica realmente suja — é que a estrada aparece justamente numa região onde há histórico de conflitos fundiários. Será que alguém estava tentando facilitar o acesso a áreas sob disputa? O MPF não descarta essa possibilidade e já está vasculhando registros de propriedade com lupa.

"É como se tivessem passado um trator sobre a legislação ambiental", comentou um técnico do Ibama que preferiu não se identificar. A situação é tão grave que até os peixes no Rio Xingu devem estar sentindo o impacto.

E agora, José?

Enquanto isso, os indígenas da região estão entre a cruz e a espada. Por um lado, a estrada facilita o acesso a serviços básicos. Por outro, representa uma ameaça direta ao seu modo de vida tradicional. "É como abrir a porteira para todo tipo de problema", desabafou um líder local.

O MPF promete medidas duras. Além de multas que podem chegar a milhões, os responsáveis podem responder por crimes ambientais graves. Mas convenhamos: depois que o estrago está feito, dinheiro nenhum traz de volta a floresta derrubada.

Fato é que esse caso tem tudo para virar um daqueles novelões jurídicos — com direito a capítulos semanais e reviravoltas dramáticas. Fiquem de olho.