MPF processa escritórios por cláusulas abusivas em contratos de vítimas de Mariana na Justiça inglesa
MPF processa escritórios por cláusulas abusivas em contratos

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação contra escritórios de advocacia que representam vítimas do desastre de Mariana em processos judiciais na Inglaterra. A acusação é de que esses escritórios incluíram cláusulas abusivas nos contratos com os atingidos, prejudicando seus direitos.

O rompimento da barragem da Samarco, controlada pela Vale e BHP, em 2015, causou uma das maiores tragédias ambientais do Brasil. Muitas vítimas buscaram indenizações na Justiça inglesa, onde as empresas têm sede.

Quais são as cláusulas questionadas?

Segundo o MPF, os contratos firmados pelos escritórios com os atingidos contêm termos que:

  • Limitam o direito de escolha de advogados;
  • Estabelecem honorários excessivos;
  • Restringem a transparência sobre os valores das indenizações.

Essas condições, segundo a ação, configuram violação dos direitos dos atingidos, que já sofrem as consequências do desastre.

O que o MPF pede?

A ação requer:

  1. A nulidade das cláusulas abusivas;
  2. Indenização por danos morais coletivos;
  3. Transparência total nos processos de indenização.

O MPF argumenta que os escritórios estão se aproveitando da vulnerabilidade das vítimas para obter vantagens financeiras.

Impacto nas vítimas

Muitos atingidos relatam dificuldades para entender os termos dos contratos e temem receber valores abaixo do justo. A ação do MPF busca garantir que os direitos dessas pessoas sejam respeitados.