
Um ataque aéreo israelense em Gaza nesta sexta-feira (24) deixou uma tragédia humanitária de proporções chocantes: nove crianças, todas filhas e filhos de um casal de médicos locais, foram mortas no bombardeio.
O incidente ocorreu no bairro de Al-Daraj, em Gaza City, e rapidamente se tornou símbolo dos horrores do conflito entre Israel e Hamas. Testemunhas relatam que a casa da família foi atingida sem aviso prévio.
Quem era a família
Os pais, ambos médicos renomados em Gaza, estavam trabalhando no hospital local quando o ataque ocorreu. Eles perderam todos os seus nove filhos de uma só vez - as idades variavam entre 4 e 17 anos.
Colegas descrevem o casal como profissionais dedicados que atendiam tanto palestinos quanto israelenses ao longo de suas carreiras. "Eles salvavam vidas diariamente, e agora perderam o que mais amavam", declarou um colega sob condição de anonimato.
Reações internacionais
A comunidade médica global manifestou indignação. A Organização Mundial da Saúde emitiu comunicado classificando o ataque como "violação do direito internacional humanitário".
Enquanto isso, o governo israelense afirmou que o alvo eram militantes do Hamas que supostamente usavam a área, mas não apresentou provas imediatas para justificar a morte das crianças.
Contexto do conflito
O ataque ocorre em meio a escalada de violência na região, com trocas de foguetes e bombardeios aéreos quase diários. Especialistas alertam para o crescente número de vítimas civis, particularmente crianças, neste último ciclo de violência.
Segundo dados da ONU, mais de 50 menores já morreram em Gaza apenas neste mês. Organizações de direitos humanos pedem investigação independente sobre o incidente.