O clima estava tenso na sessão da CPI da Dívida desta quinta-feira (28), mas o secretário municipal de Administração, João Henrique de Sousa, entrou na sala com uma postura que misturava tranquilidade e determinação. E o que ele trouxe foram não justificativas, mas sim números concretos que pintam um quadro bem diferente do que se imaginava sobre as contas da prefeitura.
Parece que a gestão municipal finalmente colocou a casa em ordem – ou pelo menos está tentando. O déficit que assombrava o orçamento? Reduzido drasticamente. E mais: a prefeitura suspendeu de imediato pagamentos que cheiravam mal em contratos de obras do Hospital da Mulher. Alguém acordou para a realidade.
Os Números que Falam por Si
O secretário não veio com conversa fiada. Apresentou dados que mostram uma virada impressionante nas finanças públicas. O rombo que parecia intransponível foi contido através de um apertão de cintos generalizado e uma revisão minuciosa de todos os contratos em andamento.
Não foi magia – foi trabalho duro. Cortes de gastos supérfluos, renegociação de dívidas e, o mais importante, a suspensão de qualquer pagamento que não tivesse documentação comprobatória irrefutável. Simples assim.
O Caso do Hospital da Mulher: Onde a Corda Apertou
As obras do Hospital da Mulher se tornaram o centro das atenções – e não é para menos. O secretário confirmou que identificaram irregularidades graves nos processos de pagamento a empresas contratadas. Não vou entrar em detalhes técnicos aqui, mas digamos que havia mais furo do que queijo nessas liberações.
A reação foi imediata: tudo paralisado até que se esclarecessem cada centavo gasto. Uma medida corajosa, considerando que obras públicas no Brasil costumam ser tratadas como vacas sagradas – não importa o quanto estejam cheias de problemas.
E Agora? O que Esperar?
A pergunta que fica é: isso é só para inglês ver ou veio para ficar? O secretário jurou de pés juntos que a transparência será a nova regra. Prometeu que todos os contratos serão revisados com lupa e que qualquer cheiro de irregularidade será tratado com zero tolerância.
Claro que todo mundo já ouviu esse discurso antes. Mas dessa vez, a pressão da CPI e da opinião pública parece estar funcionando como um freio necessário. Só o tempo dirá se essa nova postura vai sobreviver ao fim dos holofotes.
Enquanto isso, a população de Teresina fica na esperança de que, finalmente, o dinheiro público seja tratado com o respeito que merece. Afinal, não é dinheiro de político – é dinheiro do povo.
