MPF cobra explicações da Prefeitura de Belém sobre fechamento do PSM da 14 — entenda o caso
MPF cobra explicações sobre fechamento do PSM da 14 em Belém

O Ministério Público Federal (MPF) resolveu apertar o cerco — e não foi pouco. Na última sexta-feira (18), um ofício chegou à Prefeitura de Belém exigindo explicações urgentes sobre o fechamento repentino do Posto de Saúde Municipal (PSM) da 14. A unidade, que atende centenas de pessoas diariamente, está completamente paralisada desde a semana passada. E o pior? Sem aviso prévio.

Segundo relatos de moradores, o local amanheceu com as portas fechadas e um aviso enigmático: "Serviços suspensos por tempo indeterminado". Nada de justificativas, nada de prazos. Só o silêncio e a cara de espanto de quem dependia daquele atendimento.

O que diz o MPF?

O procurador responsável pelo caso não ficou nada satisfeito com a situação. No documento enviado à gestão municipal, ele questiona:

  • Qual o motivo real da interdição?
  • Existe algum problema estrutural ou sanitário?
  • Por que os usuários não foram avisados com antecedência?
  • Há previsão de retorno das atividades?

"Quando um serviço essencial fecha assim, do nada, é dever do poder público esclarecer a população", disparou um assistente do MPF que preferiu não se identificar. A cobrança tem prazo: a Prefeitura tem até esta quarta-feira (23) para responder.

E os moradores?

Enquanto isso, o povão se vira como pode. Dona Maria, de 62 anos, teve que pegar dois ônibus para conseguir medicação na UPA mais próxima. "É um desrespeito", reclama, enquanto mostra a receita que deveria ter sido renovada no PSM. "A gente vira refém dessa falta de aviso."

Outros pacientes relatam situações parecidas — idosos sem acompanhamento, crianças sem vacina, crônicos sem medicação. Uma verdadeira bola de neve que só cresce enquanto o posto permanece fechado.

Será que a Prefeitura vai conseguir justificar essa decisão às pressas? Ou vamos ter mais um capítulo daquela velha novela "promete mas não cumpre"? Fiquemos de olho.