
Numa tarde aparentemente comum no bairro de Nazaré, em Salvador, a rotina foi quebrada por um estrondo seco e assustador. Por volta das 15h desta sexta-feira (12), pedaços de uma parede simplesmente cederam, num daqueles eventos que a gente nunca acha que vai testemunhar.
No meio dos escombros, um homem de 42 anos. Ele trabalhava, tentando ganhar a vida, quando a estrutura decidiu vir abaixo. Segundo as primeiras informações — e olha, essas coisas sempre são um pouco confusas no início —, ele estava no imóvel quando tudo aconteceu. Não foi um desabamento total, graças a Deus, mas foi o suficiente para causar pânico.
Os Bombeiros chegaram rápido, tem que reconhecer. Eles conseguiram resgatar a vítima, que ainda consciente, foi levada para o Hospital Geral do Estado (HGE). Pelos relatos, ele sofreu escoriações pelo corpo. Nada de gravidade extrema, aparentemente, mas com certeza um susto dos grandes. Quem já passou por um perrengue desses sabe: o trauma não é só físico.
O que teria causado o desmoronamento? Bom, aí já entramos no campo das especulações. Seria um problema estrutural? Falha na execução da obra? Infiltração? A verdade é que ninguém sabe ao certo ainda — e provavelmente vai demorar um pouco até que os peritos consigam apontar uma causa definitiva.
E agora, José?
Acidentes como esse, ainda que parciais, servem de alerta. Salvador é uma cidade antiga, cheia de imóveis com história... e, às vezes, com problemas de manutenção também. Será que estamos cuidando direito do nosso patrimônio? É uma pergunta que fica no ar, ecoando entre os tijolos caídos.
O imóvel, localizado na Rua do Salete, agora está interditado. Ninguém mais pode circular por ali até que a Defesa Civil avalie os riscos e decida o que fazer. É o protocolo padrão, mas não deixa de ser mais um transtorno para quem mora ou trabalha nas redondezas.
Enquanto isso, o trabalhador segue internado. Seu estado de saúde é estável, segundo as últimas atualizações. Ele deve se recuperar bem, fisicamente pelo menos. O mental... bem, isso é outra história. Quem derrubaria uma parede em cima de si mesmo e sairia ileso da cabeça?
O caso poderia ter sido muito pior. Poderia. Mas não foi. E por pouco — um daqueles milagres cotidianos que a gente nem sempre percebe. Fica a lição: na construção civil, como na vida, não dá pra brincar com segurança. Às vezes, as paredes realmente têm ouvidos. E, quando menos se espera, elas falam — com uma violência surpreendente.