
Um hospital em Mato Grosso foi condenado a pagar uma indenização de R$ 30 mil a uma paciente após uma grave falha médica: a equipe cirúrgica operou a perna errada durante um procedimento. O caso, que chocou a região, foi julgado pela Justiça, que considerou o erro uma negligência inaceitável.
A paciente, que preferiu não ter sua identidade divulgada, passou por um sofrimento desnecessário devido ao equívoco. Além da dor física, ela enfrentou traumas psicológicos e precisou de acompanhamento médico adicional para corrigir o problema.
Detalhes do caso
Segundo os autos do processo, o erro ocorreu durante a preparação para a cirurgia, quando a equipe médica não seguiu os protocolos básicos de verificação. A paciente havia marcado o local correto da operação, mas a falha humana levou ao procedimento na perna saudável.
O hospital tentou se defender alegando que se tratava de um "erro isolado", mas a Justiça considerou que a instituição tinha responsabilidade integral pelo ocorrido. O valor da indenização foi calculado com base nos danos morais e físicos sofridos pela vítima.
Impacto na saúde pública
Esse caso reacendeu o debate sobre a segurança em procedimentos cirúrgicos no Brasil. Especialistas destacam que erros como esse poderiam ser evitados com:
- Checklists mais rígidos antes das cirurgias
- Melhor comunicação entre a equipe médica
- Sistemas de verificação redundantes
O Conselho Regional de Medicina já se manifestou sobre o caso, afirmando que irá apurar possíveis responsabilidades profissionais.
O que diz a lei
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, prestadores de serviços de saúde são responsáveis por danos causados aos pacientes, mesmo sem intenção. A indenização neste caso serve como reparação pelos prejuízos sofridos.
Para evitar situações semelhantes, a paciente orienta que outros usuários do sistema de saúde:
- Peçam confirmação por escrito do local da cirurgia
- Converse detalhadamente com a equipe médica antes do procedimento
- Estejam acompanhados por familiares ou amigos