
Os céus de Boituva, conhecidos como a capital do paraquedismo, foram palco de uma tragédia que deixou todo o meio aerodesportivo de luto. Neste sábado (30), um paraquedista experiente — cuja identidade ainda não foi divulgada — faleceu após sofrer uma queda brutal durante a aterrissagem. A notícia correu rápido, um choque surdo que se espalhou pelo aeródromo.
Segundo as primeiras — e ainda escassas — informações, o salto transcorria com aparente normalidade até o momento crítico da aproximação final. Algo, subitamente, saiu profundamente errado. Testemunhas que estavam no local disseram ter visto o paraquedista enfrentando claras dificuldades para controlar o velame pouco antes de tocar o solo. O impacto, segundo elas, foi forte, devastador.
O serviço de resgate foi acionado quase que de imediato, mas, infelizmente, não havia mais o que ser feito. A equipe do Corpo de Bombeiros e do SAMU confirmou o óbito ainda no local. Uma cena de pesar, daquelas que ficam na memória de quem presencia.
Investigação em Andamento: O Que Deu Errado?
A Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBP) já se movimenta. Eles emitiram um comunicado oficial informando que abriram uma investigação própria e minuciosa para apurar as causas exatas do acidente. É protocolo, mas também uma necessidade — entender o inaceitável para prevenir que se repita.
Eles vão vasculhar tudo: as condições do equipamento utilizado, a experiência do atleta, as condições meteorológicas daquele momento específico e, claro, o procedimento operacional seguido. Boituva é um centro consagrado do esporte, o que torna o episódio ainda mais surpreendente e preocupante.
Numa nota, a CBP estendeu suas condolências à família e amigos do atleta, destacando que está prestando todo o suporte necessário às autoridades que também investigam o caso — no caso, a Polícia Civil, que registrou um Termo Circunstâncio de Ocorrência (TCO) para investigar as causas da morte.
Um Alerta para os Céus
Acidentes assim, ainda que raros, servem como um alerta solene para toda a comunidade. O paraquedismo é um esporte radical, sim, mas que evoluiu muito em termos de segurança e tecnologia. Mas no fim das contas, é uma atividade que exige respeito máximo — dos equipamentos, das condições do tempo e, sobretudo, do fator humano.
A pergunta que fica, ecoando silenciosamente entre os praticantes, é: foi uma falha técnica, um erro de cálculo, uma condição climática inesperada ou uma combinação trágica de fatores? Só a investigação cuidadosa vai poder responder.
Enquanto isso, o clima na cidade é de consternação. Boituva chora a perda de um de seus bravos que ousava desafiar a gravidade.