
O mar, que tantas vezes nos presenteia com momentos de paz e aventura, mostrou seu lado implacável nesta segunda-feira (15). Um kitesurfista — cujo nome ainda não foi divulgado — perdeu a vida após um choque violento contra uma pedra submersa na Praia da Baleia, no litoral do Ceará.
Testemunhas contam que tudo aconteceu num piscar de olhos. O vento, que antes parecia aliado, girou a prancha de forma brusca. O impacto foi tão forte que nem o capacete — item obrigatório nesse esporte radical — conseguiu protegê-lo. "A gente ouviu o barulho da batida e correu pra ajudar, mas...", desabafa um banhista que preferiu não se identificar.
O que sabemos até agora:
- O acidente ocorreu por volta das 11h30, com mar agitado e ventos de 25 nós
- O Corpo de Bombeiros chegou em 12 minutos — tempo recorde para a região
- Médicos do SIATE atestaram morte cerebral no local
Praia da Baleia, normalmente associada a dias ensolarados e turistas felizes, hoje amanheceu diferente. O quiosque onde o esportista deixou seus pertences virou um memorial improvisado. Uma garrafa de água meio cheia, uma toalha com estampa de tubarão — detalhes cotidianos que agora carregam o peso do acaso.
Risco calculado?
Especialistas em esportes náuticos ressaltam: "Não existe aventura 100% segura". As pedras nessa área são conhecidas pelos locais, mas mudanças nas correntes marinhas podem criar armadilhas invisíveis. "É como dançar num campo minado", compara o instrutor Marcos Aurélio, veterano no circuito nordestino.
O caso reacendeu o debate sobre sinalização em praias de esporte. Enquanto isso, familiares aguardam a liberação do corpo — que deverá ser velado em Fortaleza, onde o atleta residia.