Franca, SP: Concessão do Transporte Público Entra em Fase Decisiva com Proposta Única
Franca/SP: Proposta única define futuro do transporte público

Eis que a cidade de Franca se encontra num daqueles momentos decisivos — aquele ponto de virada que pode definir como milhares de pessoas vão se locomover pela cidade nos próximos anos. A prefeitura, através da Secretaria de Mobilidade Urbana, aguarda com expectativa a análise de uma proposta única para a nova concessão do sistema de transporte público. Sim, apenas uma. O que, convenhamos, é no mínimo curioso para um serviço tão essencial.

O edital foi publicado no Diário Oficial do município no último dia 29 de agosto, mas até agora só uma empresa se habilitou para assumir esse desafio colossal. Detalhe: o prazo para apresentação de propostas já se encerrou. Fica aquele silêncio constrangedor no ar, não é mesmo?

O Que Está Em Jogo?

Não se trata apenas de renovar um contrato qualquer. Estamos falando de um serviço vital que impacta diretamente o dia a dia de trabalhadores, estudantes e basicamente qualquer pessoa que dependa de ônibus para circular pela cidade. A atual concessão, diga-se de passagem, já está com os dias contados — vence ainda este mês de setembro. A pressão é real.

O prefeito Alexandre Ferreira (que assumiu após a cassação de Gilson de Souza) e sua equipe técnica agora têm a missão de analisar minuciosamente a proposta recebida. A pergunta que não quer calar: ela é boa o suficiente? Atende às exigências? É financeiramente viável? Ninguém quer um serviço meia-boca.

E Se a Proposta For Reprova da?

Aqui é que a coisa fica interessante. Caso a análise técnica — que está sendo conduzida por uma comissão especial — conclua que a proposta não atende aos requisitos, a prefeitura terá que tomar uma decisão crucial. Basicamente, duas opções: ou declara deserta a licitação e abre um novo processo (o que levaria tempo, algo que não têm de sobra), ou assume temporariamente a gestão do sistema. Imagine a prefeitura no comando dos ônibus? Pois é.

O secretário de Mobilidade Urbana, José Carlos de Oliveira, tentou passar tranquilidade. Disse que o processo segue seu curso normal e que a comissão está fazendo seu trabalho. Mas é difícil não sentir um frio na barriga. Franca merece um transporte público de qualidade, eficiente e acessível. A população torce — e cobra — por isso.

Enquanto isso, a cidade segue em movimento. Literalmente. Os ônibus continuam nas ruas, mas a incerteza sobre quem vai dirigir esse negócio daqui para frente paira como uma nuvem cinza. Aguardemos os próximos capítulos. A esperança, como sempre, é a última que passa na catraca.