O coração de Rondônia ficou um pouco mais pesado nesta terça-feira, 9 de setembro. Uma daquelas manhãs que começam com céu azul e terminam em pesadelo. Por volta das 7h30, na BR-319, km 120 — um trecho que os caminhoneiros conhecem bem e temem —, a rotina virou tragédia.
Um veículo de passeio, ainda não identificado pelas autoridades, simplesmente perdeu o controle. Não foi um simples deslize. Testemunhas que ainda tentam processar o horror contam que o carro saiu violentamente da pista, capotou não uma, mas várias vezes, e o que veio depois é o tipo de imagem que fica gravada na memória.
O impacto foi tão brutal que o automóvel, irreconhecível, simplesmente pegou fogo. E rápido. Uma bola de fogo que consumiu tudo, infelizmente, inclusive vidas inocentes.
Dentro do carro, segundo o Corpo de Bombeiros que chegou ao local num misto de urgência e desespero, estavam duas crianças. A gente até evita pensar na idade, mas são informações que precisam vir à tona: uma menina de 4 anos e um menino de apenas 6. Eles não resistiram. Foram carbonizados. As palavras parecem duras, mas a realidade foi muito pior.
O motorista, um adulto que conduzia o veículo, conseguiu escalar do inferno em chamas. Sobreviveu. Foi levado às pressas para um hospital da região, mas o estado de saúde… bem, além dos ferimentos físicos, carrega uma dor que nenhum remédio no mundo vai curar.
O que levou a essa catástrofe?
Eis a pergunta que todo mundo faz e que ninguém consegue responder direito. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no local, fazendo o trabalho de praxe — perícia, levantamento dos vestígios, tentando entender o que diabos aconteceu naquela curva.
As primeiras hipóteses? Bem, podem ser muitas. Excesso de velocidade? Falha mecânica? Sono? Um desvio brusco para evitar um animal? A verdade é que, no momento, só restam suposições. A estrada estava seca, o tempo firme. Nada que justifique, mas acidentes são assim — uma combinação cruel de fatores que ninguém prevê.
O que se sabe é que famílias foram destruídas em questão de segundos. Comunidades inteiras, especialmente em Porto Velho, onde a notícia se espalhou como rastilho de pólvora, estão de luto. É aquela sensação de "poderia ter sido comigo", que corre silenciosa pelas redes sociais e grupos de WhatsApp.
E agora?
O caso agora está sob a responsabilidade da PRF, que vai investigar cada detalhe. O veículo foi totalmente destruído pelo fogo, o que dificulta o trabalho dos peritos. Vão buscar imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos, vão ouvir mais testemunhas… é um processo meticuloso e, convenhamos, doloroso para todos os envolvidos.
Enquanto isso, o que resta é aquele aperto no peito. Duas vidas tão jovens, interrompidas de forma tão violenta e abrupta. Uma família despedaçada. E uma comunidade que se pergunta, mais uma vez, até quando essas estradas vão continuar cobrando um preço tão alto.
Uma tragédia que serve de alerta mudo — para todos nós — sobre os perigos que espreitam no asfalto.
