Imagine sair de casa e se deparar com um verdadeiro campo minado — só que, em vez de explosivos, são crateras que te esperam no caminho. É assim que os moradores de Campo Novo, em Campos dos Goytacazes, descrevem a rotina na estrada que corta o bairro. Uma via que mais parece um quebra-cabeça de asfalto esfacelado.
Não é exagero. Alguns buracos são tão profundos que daria para plantar uma árvore — ou perder um pneu. "Já virou até piada entre a gente", conta Maria Silva, moradora local, enquanto desvia de mais uma armadilha no trajeto. "Mas no fundo, é triste. Parece que a gente foi esquecido."
O preço da negligência
O problema vai além do incômodo. Com a chegada das chuvas, a situação se transforma num verdadeiro caos:
- Ônibus escolar precisa fazer rotas alternativas, atrasando crianças
- Ambulâncias enfrentam dificuldades para acessar o bairro
- Comércio local sofre com a queda no movimento
E olha que não é de hoje. Há registros de reclamações desde o ano passado — mas, como diz o ditado, "água mole em pedra dura..." Só que aqui, a água acumulada nos buracos só piora o desgaste.
Entre promessas e realidade
A prefeitura alega que está ciente do problema e que incluiu a recuperação da via no planejamento. Mas os moradores? Céticos. "Todo mês é a mesma história", resmunga o comerciante João Mendes. "Dizem que vai melhorar, mas só piora."
Enquanto isso, os carros continuam dançando o samba dos pneus furados, e os moradores se perguntam: será que precisam organizar um mutirão ou fazer um protesto para chamar atenção? Afinal, direito básico não deveria incluir ruas transitáveis?
