
O silêncio do tribunal foi quebrado por uma decisão que mantém um ex-policial atrás das grades. A cena? Uma rodovia transformada em palco de tragédia. Naquele dia, a BR-230 em João Pessoa testemunhou o que ninguém gostaria de ver: metal retorcido, vidros estilhaçados e uma vida perdida.
O agora réu — um homem que antes vestia farda — teria, segundo as investigações, agido com uma imprudência que beira o inexplicável. Detalhes do inquérito sugerem excesso de velocidade e manobras arriscadas. Resultado? Uma família agora chora seu ente querido.
O que diz a defesa?
Advogados do acusado tentaram, sem sucesso, reverter a prisão preventiva. Alegaram "histórico impecável" e "contribuição à sociedade". O juiz, porém, não comprou a ideia. "Quando a negligência custa vidas, o passado perde relevância", teria dito durante a decisão.
Curiosamente, testemunhas relatam que o ex-policial parecia "distante" no local do acidente. Seria choque? Indiferença? Eis uma pergunta que só ele poderia responder — e que agora pesa no processo.
Números que doem
- Mais de 45 mil acidentes nas rodovias paraibanas só este ano
- Velocidade excessiva aparece em 38% dos casos graves
- 1 em cada 5 vítimas fatais envolve condutores acima de 60 anos
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso divide opiniões. Alguns lembram seus anos de serviço; outros, mais contundentes, afirmam que "farda não dá carta branca para matar". A verdade? Está em algum lugar entre os autos do processo e a consciência de cada um.
O que vem agora? Audiências, recurso em segunda instância, e a longa espera por justiça. Enquanto isso, numa cela da capital paraibana, um homem que já prendeu outros agora conhece o outro lado das grades.