
Numa tarde que parecia comum em Araçatuba, o impensável aconteceu. Uma mulher, ainda não identificada, cruzava a rua quando foi surpreendida por um veículo conduzido por um juiz aposentado — e o que se seguiu foi um pesadelo digno de filme.
Segundo testemunhas, o impacto foi tão violento que ecoou pela quadra. "Parecia um trovão", descreveu um comerciante que preferiu não se identificar. A vítima, em estado crítico, foi levada às pressas para o hospital.
Cirurgia dramática
Na mesa de operação, os médicos travaram uma batalha contra o relógio. A paciente sofreu duas paradas cardíacas consecutivas — algo que até os cirurgiões mais experientes da região consideraram "improvável de sobreviver".
"Ela basicamente morreu duas vezes na nossa frente", confessou um membro da equipe médica, ainda abalado. Contra todas as expectativas, a mulher resistiu. Mas sua recuperação promete ser longa.
O condutor
O juiz aposentado, cuja identidade também não foi revelada, colaborou com a polícia. As primeiras informações sugerem que ele não tentou fugir — diferente do que vemos em tantos casos por aí. Mas a pergunta que fica: como um ex-magistrado, acostumado a julgar condutas, se vê agora no banco dos réus?
O delegado responsável pelo caso foi enfático: "Não importa quem está ao volante. A lei vale para todos". Ainda assim, sabe-se como essas coisas funcionam — o status social do envolvido costuma pesar, quer a gente admita ou não.
Enquanto isso, na UTI, familiares aguardam notícias. A cidade, que normalmente vive no ritmo pacato do interior, se vê às voltas com um drama que mistura poder, imprevidência e a frágil linha entre a vida e a morte.