Não deu tempo de frear. Nem de desviar. Na tarde desta quarta-feira (16), a rotina caótica da BR-101 foi interrompida por um barulho ensurdecedor — o som de metal se torcendo, vidro estilhaçando e, logo depois, o silêncio que ninguém quer ouvir.
Por volta das 15h30, um carro e uma moto colidiram de frente no trecho que corta Cariacica, no Espírito Santo. A motociclista, uma mulher ainda não identificada, não resistiu aos ferimentos. Morreu no local.
O que se sabe até agora
Testemunhas contam que a moto trafegava no sentido sul quando, de repente, o carro — que vinha na contramão por razões ainda desconhecidas — fechou o caminho. "Foi tudo muito rápido. Ela tentou jogar a moto para o lado, mas...", relata um vendedor ambulante que preferiu não se identificar.
Os bombeiros chegaram em 12 minutos (um tempo até razoável, considerando o trânsito pesado da região), mas já era tarde. A equipe do IML removeu o corpo, enquanto agentes da PRF faziam a sinalização e desviam os carros — porque a vida segue, mesmo quando a nossa para.
E agora?
A Polícia Rodoviária Federal já abriu inquérito para apurar as causas do acidente. Será que foi falha mecânica? Excesso de velocidade? Ou aquela distração boba que a gente acha que nunca vai dar em nada? Enquanto isso, familiares da vítima devem comparecer ao IML ainda nesta quinta.
E a BR-101, essa velha conhecida dos capixabas, segue sendo palco de histórias que ninguém quer contar. Só neste ano, foram 14 mortes no trecho — número que, convenhamos, tá longe de ser aceitável.
Atualização: A PRF informou que o motorista do carro passou por teste de bafômetro e deu negativo. Ele foi levado para depor.
