Era um domingo como qualquer outro na movimentada Zona Sul de Aracaju — até que o barulho de metal se chocando interrompeu a rotina. Um motociclista e sua passageira, que mal tinham se envolvido em uma colisão, foram surpreendidos por um segundo impacto que deixou a cena ainda mais caótica.
Segundo testemunhas, o casal na moto já estava no chão após um desentendimento com outro veículo quando, num piscar de olhos, um terceiro carro — talvez distraído, talvez em velocidade inadequada — acabou passando por cima deles. "Foi tudo muito rápido", contou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "Um minuto tava tudo normal, no outro, gritos e gente correndo."
Cenário de desespero
O local, conhecido pelo fluxo intenso de veículos, transformou-se em um palco de desespero. Moradores da região relatam que os feridos — homem e mulher, segundo o Corpo de Bombeiros — gritavam por ajuda enquanto aguardavam o resgate. "A moça chorava muito, dizia que não sentia as pernas", lembra uma senhora que auxiliou no primeiro atendimento.
Curiosamente, o que poderia ter sido apenas mais uma batida de trânsito — dessas que a gente vê todo dia — virou um drama de proporções maiores. Os dois foram levados às pressas para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), mas até o fechamento desta matéria, não havia informações detalhadas sobre seus estados de saúde.
Perguntas sem resposta
Enquanto isso, algumas questões ficam no ar: O motorista que atropelou os motociclistas fugiu? Será que o primeiro acidente poderia ter sido evitado? E você, leitor, já parou pra pensar quantas vezes por dia quase se envolve em situações parecidas?
O fato é que, independente de culpas ou investigações, mais uma vez a falta de atenção no trânsito mostrou seu preço alto. E Aracaju — assim como qualquer cidade brasileira — continua contando seus "quase acidentes" até que, infelizmente, um deles vira estatística.
