
Era um dia como qualquer outro — até que não foi. Uma briga de trânsito, daquelas que a gente vê todo dia e torce para nunca se envolver, terminou em tragédia. Uma bala perdida, mas nem tão perdida assim, atingiu a cabecinha de uma menina de apenas 10 anos. Um mês de luta nos hospitais de Minas Gerais, e o desfecho que ninguém quereria: ela não resistiu.
Detalhes? Ah, os detalhes doem. A pequena estava dentro do carro com a família, indo sabe-se lá para onde — cinema, parque, talvez só voltando para casa. O que deveria ser rotina virou pesadelo quando um conflito entre motoristas escalou para o inacreditável. Alguém puxou uma arma. Alguém atirou. E a vida dessa criança, cheia de desenhos pela metade e sonhos mal começados, foi interrompida.
O que sabemos até agora
A polícia corre atrás — como sempre corre, depois que a tragédia já aconteceu. Testemunhas falam de gritos, de buzinas, daquele calor que sobe quando o trânsito para e os ânimos esquentam. Mas cadê o dono da arma? Cadê a justiça por essa família que agora chora no canto escuro de um hospital vazio?
Enquanto isso, nas ruas de Minas, a vida segue. Outros carros, outras brigas, outras crianças no banco de trás. E a pergunta que não quer calar: quando é que a gente vai aprender que metal quente e nervos à flor da pele não combinam?
"Ela lutou como uma leoa", contou uma tia, entre lágrimas que não paravam de escorrer. "Mas algumas batalhas a medicina ainda não ganhou."